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Touros para monta natural, desempenho e produção

Reprodução | 12 de Fevereiro de 2014
Por Troy Smith (Angus Beef Bulletin, EUA)
Traduzido por Fernando F. Velloso (Assessoria Agropecuária)

 
O uso de touros em monta natural segue sendo o manejo predominante para os produtores americanos, especialmente na pecuária comercial. Particularmente nas áreas de campos do oeste, os produtores manejam grupos grandes de vacas entouradas com reprodutores múltiplos. Mesmo em situações de uso de uma bateria de touros trabalhando em conjunto, os produtores podem determinar os pais através de testes de DNA. Pesquisadores usando testes de paternidade concluíram que touros usados em grupo não compartilham o trabalho igualmente.

Como um membro da Universidade da California (serviço de extensão), Dave Drake esteve envolvido com pesquisas de paternidade e desempenho que mostram que alguns touros são “superdotados” e outros “preguiçosos”. Este profissional tem compartilhado informações de pesquisa de como realmente um touro afeta a rentabilidade de uma exploração pecuária.

De acordo com Drake, o estudo de três anos foi baseado na coleta de dados de mais de 5.000 bezerros com paternidade identificada, representando 15 parições em três propriedades da California. Os bezerros eram de rebanhos com parição de primavera e outono, estação de monta de 60 a 120 dias, e todos usando a relação de 1 touros para 25 vacas (1:25) em pastagens de 40 hectares ou menos.

“O número médio de filhos por touro foi de 18,9. Em todas as parições, algum touro destacou-se produzindo mais de 40 filhos. Alguns touros produziram muito pouco”, afirmou Drake. “Um touro em especial produziu 64 bezerros em uma estação. Um touro somente um filho, e mais de um touro não deixaram nenhum produto”.

O estudo revela algumas questões interessantes sobre os touros mais prolíficos. Em alguns períodos, alguns touros cobriram com sucesso 10 a 12 vacas por dia. Não foi incomum para alguns touros, em entoure simples (somente 1 touro no lote), que 1/3 de seus produtos tenham sido gerados em um período de 24 horas. Além disso, quase toda a diferença na prolificidade dos touros foi identificada na primeira metade da estação de monta. Os touros mais produtivos geraram mais concepções nas semanas três, quatro e cinco da estação.

A variação na fecundidade dos touros tem implicações na qualidade das fêmeas de reposição, considerando que a maioria das fêmeas nascidas na primeira metade da parição são filhas de touros mais profícuos. A seleção de fêmeas de reposição do “cedo” devem ter impacto positivo na fertilidade dos rebanhos.

O estudo demonstra a importância da reprodução em lucratividade porque o touro prolífico tem o maior impacto positivo da rentabilidade das propriedades. “Estes animais não foram os touros com os maiores DEPs para peso ao desmame ou peso ao ano. Também não são os pais dos bezerros mais pesados, comentou Drake. “O touro mais rentável foi o que produziu mais bezerros”.

Considerações da Assessoria Agropecuária:
A qualidade e funcionalidade dos touros usados na pecuária comercial tem alto impacto em lucratividade em qualquer lugar do mundo. O cabanheiro (produtor de touros) deve ter o compromisso de oferecer touros com funcionalidade e longevidade. Além dos dados de desempenhos (índices e DEPs) devem ser observados as características de adaptação (tipo de pelo, biótipo animal), correção de aprumos e cascos, comprimento e posição de prepúcio, posicionamento do saco escrotal e outros itens que afetam a função do touro. O comprador de touros deve estar atento a estas questões, pois existe o risco de justamente o touro que não produz ou produz muito pouco ser o nosso.

Artigo publicado no Angus Beef Bulletin, Janeiro 2014

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