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Feiras de Terneiros e Avanços na Comercialização

Informação | 12 de Maio de 2016

Do Pasto ao Prato - Feiras de Terneiros e Avanços na Comercialização

Foto: Divulgação/Assessoria

Por Fernando Furtado Velloso 
Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha 


E o martelo segue batendo forte nas feiras do Sul do Brasil! 

Estamos vivendo mais uma temporada de Feiras de Terneiros no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Esse é o assunto do momento entre os pecuaristas e é um bom tema para tratarmos aqui na coluna “Do Pasto ao Prato”.

Apesar de todas as incertezas e turbulências econômicas e políticas do País, o mercado de terneiros se mostra bastante forte e a pecuária vem sendo considerada “porto seguro” por produtores e novos investidores. Na data da redação deste artigo, a Senhora Dilma já tinha o seu impeachment aprovado pelo Congresso Nacional e a bola estava no pé do Senado. Não há dúvidas que é um dos momentos mais sérios da política nacional dos últimos anos. É bem nesta época (abril e maio) que se concentra a grande maioria das feiras de terneiros na Região Sul e os valores obtidos vem correspondendo as expectativas. No RS, as feiras já ocorridas indicam o valor de R$ 6,00/kg vv a R$ 6,50/kg vv para machos como os mais frequentes, alcançando diferencial de 10 a 20% em relação ao preço do boi gordo. Nos estados de SC e PR, os valores estão sendo superiores, conforme já ocorrido em anos anteriores. Outro fato que vem se observando é que lotes de terneiros pesados (acima de 220, 240 ou 260 kg) vem sendo bem valorizados, sem sofrer redução no valor por kg. 

A nossa empresa, a Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha, é bastante lembrada na área de reprodutores (touros/genética), mas atuamos também de forma mais “silenciosa” no suporte técnico e comercial a pecuaristas que trabalham com gado comercial (corte). Em 2016, estamos ampliando o nosso relacionamento com leiloeiras desse segmento e iniciamos um trabalho contínuo com as empresas Escritório Rural Centauro (Cachoeira do Sul/RS) e EDS Remates (Caçapava do Sul/RS). Juntamente com essas duas empresas, pretendemos tabular, reunir e divulgar mais informações sobre os preços e cotações de gado geral, buscando identificar que características estão sendo mais valorizadas e consideradas diferenciais pelo mercado. Acreditamos muito no valor da informação e estas parceiras do ramo dos leilões e intermediação comercial compartilham da mesma visão.

Em 2014 e início de 2015 nos dedicamos bastante ao projeto “Leilões Certificados – Lance Rural”, do Canal Rural. Assumimos a coordenação técnica desse trabalho e tentamos aplicar o mesmo modelo de leilões certificados do Uruguai e dos Estados Unidos no Rio Grande do Sul. De forma resumida, o conceito prevê a) certificação dos lotes, b) leilão virtual (com filmagem dos animais nas propriedades) e c) comercialização por kg para as categorias de recria e engorda. Infelizmente, o mercado gaúcho mostrou-se pouco receptivo a esse formato de comercialização e após a realização de seis leilões, o projeto foi interrompido. Seguimos acreditando que os conceitos desta modalidade de comercialização tem muito sentido, pois protegem vendedor e comprador e oferecem mais informações e transparência nas relações comerciais, mas o projeto não foi exitoso. Talvez pelo período de grande demanda de gado para reposição (menor necessidade de leilões) ou talvez por questões culturais, muito enraizadas na operação de compra e venda de gado.

De qualquer forma, percebo que avanços vêm ocorrendo na comercialização de bovinos entre os produtores. É visível o aumento de leilões virtuais de reprodutores e equinos. E o gado geral vem nesse embalo também. A transmissão de leilões, especialmente pela Internet, vem aumentando bastante também e, neste ano, mais Feiras de Terneiros e leilões de produção estão usando desse serviço. Os programas de certificação de terneiros por associações de raças vêm ampliando também a sua atuação fora do Rio Grande do Sul e as raças Angus e Hereford/Braford têm puxado esse processo. Dessa forma, não “atirei a toalha” e ainda acredito que estamos rumando (mesmo que lentamente) por importantes avanços na comercialização de bovinos de corte, de produtor para produtor. 

* Publicado na Revista AG, Coluna "Do Pasto ao Prato" - Edição Maio/2016

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