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Carne Bovina: Indústria prevê recorde de exportações em 2019

Carne, Informação, Mercado | 02 de Maio de 2019

Renato Costa, presidente da Friboi: "Somos pioneiros no Brasil a trabalhar a marca dos produtos no exterior, o que facilita a inserção internacional"

Foto: Imagens da Internet

As projeções da Associação Brasileira de Exportadores de Carnes Bovinas (Abiec) indicam um crescimento de 10,7% nas vendas internacionais do país, com o embarque de 1,8 milhão de toneladas, e expansão de 11% na receita, totalizando US$ 7,24 bilhões. "Será ano de recordes históricos", diz Antônio Jorge Camardelli, presidente da associação.

Vários fatores contribuem para a perspectiva positiva no desempenho. O principal é o aumento de demanda da China. O país asiático, grande produtor e consumidor de carne de porco, enfrenta um surto de febre suína africana em seu rebanho.

Estimativas internacionais indicam que a China terá falta de quatro a seis milhões de toneladas em seu abastecimento de proteína animal. Déficit que deverá ser preenchido com importações de diferentes carnes em 2019. No primeiro trimestre, as exportações brasileiras de carnes bovinas para o país cresceram em 6,2%.

Outro impulso deve vir dos EUA. Os americanos impuseram barreiras sanitárias aos produtores brasileiros em 2017 e podem reabrir seu mercado em breve. Está programada para junho uma missão de inspetores americanos aos frigoríficos nacionais. A Rússia, que também havia estabelecido barreiras ao produto brasileiro, voltou às compras no final de 2018.

Nos próximos meses também é esperada a abertura dos mercados da Tailândia e Indonésia. "São mercados importantes, que já vistoriaram frigoríficos brasileiros e estão próximos de fazer as primeiras encomendas", diz Camardelli.

Os principais frigoríficos nacionais, Minerva, JBS Friboi e Marfrig, ajustam suas expectativas e estratégias para aproveitar as oportunidades do novo cenário internacional. João de Almeida Sampaio Filho, diretor de relações institucionais da Minerva, avalia que a crise de abastecimento de proteínas na China pode ser um marco no mercado global. "Estamos diante da oportunidade de criar o hábito do consumo de carne bovina no maior mercado global, que hoje consome principalmente carne suína", diz. A Minerva espera ampliar em pelo menos 5% suas vendas para a China neste ano.

A JBS Friboi investiu R$ 45 milhões na ampliação de duas unidades mineiras em Iturama e Ituiutaba com o objetivo de adequar sua produção voltada ao mercado chinês. Ao todo, seis frigoríficos da companhia no Brasil estão aptos a exportar para a China.

Em outra iniciativa, a companhia brasileira fechou um acordo com o Alibaba Group, maior empresa chinesa de ecommerce, para a venda de proteína animal, principalmente carne bovina. A expectativa é que o total de negócios chegue a US$ 1,5 bilhão em três anos. "Somos pioneiros no Brasil a trabalhar a marca dos produtos no exterior, o que facilita a inserção internacional", diz Renato Costa, presidente da Friboi.

Tradicionalmente, o Brasil é visto no mercado internacional como um fornecedor de produtos comoditizados, sem marca, que abastecem a indústria de transformação local. 

Com um rebanho de 214,7 milhões de cabeças, o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, com 10,96 milhões de toneladas equivalentes de carcaça (TEC), e maior exportador mundial. No entanto, o país não tem acesso a 40% do mercado, uma vez que compradores importantes como Japão, Coreia do Sul, Canadá e México só adquirem carne de países certificados como livres de febre aftosa sem vacinação.

O status brasileiro é de produtor livre de febre aftosa com vacinação. O Ministério da Agricultura estabeleceu 2023 como meta para obter a certificação de país livre de aftosa sem vacinação, mas já admite que não será possível.

"Temos uma vizinhança problemática, principalmente a Venezuela. Vamos ter que vacinar enquanto eles não cuidarem de seu rebanho", diz Cardenalli, que acredita numa flexibilização da exigência por parte dos compradores. "O Japão já sinaliza que poderá aceitar carnes provenientes de países que fazem o controle com vacinação", afirma.

No mercado interno a expectativa dos frigoríficos é de um ano com crescimento moderado. Miguel Gularte, CEO da Marfrig América do Sul, diz que os negócios no segmento de food service crescem em 7,5% no ano, após uma expansão de 14% no ano passado. A aquisição no final de 2018 de um frigorífico da BRF em Várzea Grande (MRT) deverá agregar R$ 1 bilhão ao faturamento da empresa com a venda de hambúrgueres.

A Marfrig também eleva sua participação no mercado interno com carnes nobres, com as marcas Bassi e Montana Premium. "Têm boa rentabilidade."

Por: Domingos Zaparolli
Fonte: Valore Econômico

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