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ASBIA: expectativa de 18 milhões de doses vendidas em 2019

Informação | 05 de Novembro de 2019

Márcio Nery assume comando da ASBIA, Associação Brasileira de Inseminação Artificial, e fala sobre expectativas e planos a frente da entidade

Foi eleita no final do mês de agosto a nova diretoria da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), que comandará a entidade pelo próximo triênio 2019/2022. Como presidente, assumiu Márcio Nery Magalhães Júnior, que é Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa, com mais de 19 anos de atuação no mercado junto à ABS, onde está como Diretor Geral há 12 anos. Sob sua presidência, a nova diretoria da Asbia também é composta por Cesar de Almeida Franzon (diretor Operacional); Nelson Eduardo Ziehlsdorff (diretor Técnico) e Fernando Furtado Velloso (diretor de Marketing), além de continuar com o apoio do gerente executivo, Carlos Vivacqua. A eleição e a posse do grupo foram realizadas no dia 30 de agosto. A chapa foi aprovada por unanimidade.  Márcio Nery assumiu a presidência com prioridades claras de fortalecer o Índice Asbia, fomentar a utilização de tecnologias de reprodução e impulsionar o mercado internacional para genética brasileira. Em entrevista ao ABS News, ele avalia o desempenho do mercado, fala sobre planos e expectativas para o próximo triênio.

ABS NEWS – O senhor acaba de assumir a presidência da Asbia. Quais serão os seus objetivos para conduzir a entidade nessa gestão?Márcio Nery: Queremos continuar trabalhando forte junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Associações de Raças para viabilização de protocolos sanitários e conquista de certificações zootécnicas, aumentando as oportunidades para essa genética de qualidade que temos produzido no Brasil e que já é reconhecida internacionalmente. Precisamos assegurar que a genética importada e a produzida no Brasil possam atender as expectativas de melhoramento genético nas distintas regiões do Brasil e que tenham impacto na sustentabilidade econômica dos produtores de leite e carne. Queremos também seguir trabalhando nosso Index ASBIA, no sentido de dar a ele cada vez mais visibilidade e utilidade junto aos associados.

ABS NEWS – Sobre o mercado internacional, quais são os mercados-alvo? Quais são as maiores dificuldades ainda enfrentadas?
Márcio Nery: Nossos alvos são todos aqueles que demandam a melhor genética tropical do mundo: América Latina, África e Àsia são os mais importantes. As dificuldades são cada vez menores, temos trabalhado junto ao BCG para acelerar os processos com grande apoio do MAPA. 

ABS NEWS – Como o mercado nacional tem se comportado?
Márcio Nery: O mercado nacional tem apresentado boas taxas de crescimento nos últimos relatórios. O Index Asbia do 1º semestre de 2019 mostra um crescimento de 28% no corte e 7% no leite. A percepção da importância e do impacto da genética por parte do produtor é cada vez mais evidente. Talvez cheguemos este ano às 15 milhões de doses de sêmen vendidas diretamente ao cliente no Brasil, e acredito que podemos pensar, a curto prazo, chegar às 25 milhões de doses no Brasil

ABS NEWS – Podemos acreditar no crescimento até essas 25 milhões de doses até quando?
Márcio Nery: Este ano podemos crescer até 17% e chegaremos então a 18 milhões de doses (isso relativo a vendas internas, prestação de serviço e exportação). Se crescermos 12% nos próximos quatro anos, serão 28 milhões de doses totais

ABS NEWS – Quais raças tendem a contribuir mais para esse crescimento?
Márcio Nery: Logicamente, existe uma contribuição muito forte de 20 raças de corte e leite. Entretanto, o mercado precisa da contribuição de todas as raças. Sabemos que avaliação genética é questão fundamental e a genômica cada vez mais decisiva no impacto que cada raça poderá dar ao setor.

ABS NEWS – Observamos diferentes comportamentos de um ano para outro quanto a pecuária de leite e a pecuária de corte. Como as duas devem se comportar em 2020?
Márcio Nery: No corte, o Brasil está cada vez demonstrando sua capacidade de produzir carne de qualidade a preço imbatível e protegendo o meio ambiente. Neste cenário, o crescimento segue forte. No leite, as flutuações internacionais e o consumo interno têm um impacto maior. Mas a demanda por melhoramento genético e o custo deste investimento não nos deixa dúvidas que seguirá crescendo.

ABS NEWS - A tecnologia de FIV tem crescido muito. A utilização dessa interfere no volume de sêmen comercializado?
Márcio Nery: A FIV é mais uma ferramenta que traz velocidade ao melhoramento genético juntamente com o sêmen sexado. Não atrapalha. Ao contrário, vem para somar.

ABS NEWS – O preço do sêmen para os próximos anos? Qual a tendência?
Márcio Nery: A medida que a genética ganha destaque, é natural que o mercado busque ajustar os preços que estão desalinhados com a realidade de custos, principalmente no corte. Isso é bom para todos, pois irá necessariamente implicar em melhor atendimento e qualidade na consultoria técnica prestada pelas empresas do setor. Mas é sempre bom lembrar que este custo, dificilmente, irá ultrapassar a 2% do custo total da produção

ABS NEWS – Para encerrar, a Asbia prepara novidades para o mercado?
Márcio Nery: Não é uma novidade, mas sim o firme desejo em ter, já em 2020, o índice ASBIA estratificado por município que poderá ajudar muito todo o setor. O Índice Asbia, hoje, traz como estratificação máxima os dados por Estados. Nossa intenção é passar a fazer, já em 2020, essa estratificação por municípios, dando mais musculatura e mais força a esse termômetro do mercado. E, me permita, também uma mensagem final que se tornou um lema da ASBIA : a genética é o único insumo permanente que você poderá acrescentar em seu rebanho.

Fonte: ABS News - Outubro/2019

Márcio Nery assume comando da ASBIA, Associação Brasileira de Inseminação Artificial, e fala sobre expectativas e planos a frente da entidade

Foto: Divulgação/Assessoria

Márcio Nery assume comando da ASBIA, Associação Brasileira de Inseminação Artificial, e fala sobre expectativas e planos a frente da entidade

Foto: Divulgação/Assessoria