Pela sexta vez consecutiva, a GAP Genética, de Uruguaiana (RS), alcançou a liderança entre os 50 maiores vendedores de touros taurinos do Brasil no ranking TOP 100, promovido pela Revista AG, pela Assessoria Agropecuária FF Velloso & Dimas Rocha e pela Brasil com Z. O resultado completo está publicado na edição de junho, com matéria especial com os Top 5 do levantamento e entrevista com o diretor Comercial da GAP, João Paulo Schneider da Silva, o Kaju.
Na Entrevista do Mês, Kaju ressalta que o aumento nas vendas de reprodutores Angus, Brangus, Hereford e Braford chegou a 24% com relação à anterior do TOP 100. E o atribui à profissionalização dos processos de gestão, produção e sucessão implementados nas quatro unidades de negócio da empresa. “Isso não é gratuito nem acontece da noite para o dia. É resultado de um planejamento no qual antevimos o crescimento da demanda por raças sintéticas – que aconteceu de fato, coincidindo com o bom momento da pecuária em 2020, solidificado em 2021. Percebemos e aproveitamos os sinais do mercado”, diz. Por isso, a estratégia foi redirecionar alguns acasalamentos. “Embora os bons ventos do mercado tenham colaborado para o resultado, Kaju destaca a importância do foco na pressão de seleção de reprodutores para produção de carne e alto desempenho a campo. “Muitas vacas Hereford, por exemplo, passaram a fazer Braford, tanto que, de 68 touros da raça vendidos em 2019 passamos para 105 em 2020, totalizando um aumento de 54%”, detalha.
A GAP é conhecida como produtora de genética bovina taurina, mas tem 50% do negócio, atualmente, voltado à produção de grãos. A pecuária é 65% voltada à produção de bovinos para a indústria, o que a permite selecionar os reprodutores para o máximo rendimento a campo. “Temos que direcionar nossa genética para um boi bom. E fazemos um boi bom. Mas isso é possível porque a produção comercial está dentro do negócio, nós somos nossa própria estação experimental para a produção de novilho bom”, explica Kaju.