Uma primavera de luxo! Essa foi a descrição de um importante leiloeiro do cenário nacional, ao descrever a temporada de leilões da primavera 2021. Foi, sem duvidas, um ano muito positivo para a pecuária nacional: as importações de carne cresceram e, conquistaram alguns novos mercados; as commodities agrícolas - arroz, soja e milho -, alcançaram valores elevados e garantiram um grande volume de capital nas mãos dos produtores e de investidores do campo. A pecuária teve seus valores majorados como nunca, e, os leilões de primavera de norte a sul do País mostraram a disposição do mercado e dos produtores em investir em seus rebanhos e plantéis.

O destaque deste circuito de primavera foi a raça Brangus, que teve na comercialização de ventres um dos grandes destaques da temporada. Este fato demonstra, sem sombra de dúvidas, o real e importante crescimento da raça, visto que toda a oferta de ventres diferenciados, seja por genética ou origem, alcançou valores recordes, com grande procura e grande disputa em todas as pistas. Produtores de todo o País buscavam ventres Brangus de alto desempenho, seja para coleta de embriões ou para incremento aos seus plantéis. Isto se refletiu também na valorização dos touros da raça, que tiveram as mais altas médias da temporada.

Os leiloeiros: Marcelo Silva (Trajano Silva), Lourenço Campos (Central Leiloes) e Pedro Tellechea ( Tellechea e Bastos) são unânimes em afirmar que a Brangus foi a raça mais destacada nos leilões e na vendas diretas, de norte a sul do País, com médias que superam os R$ 25 mil nos machos e que as fêmeas alcançaram valores, nunca vistos, com vários recordes. “Tivemos alguns touros que alcançaram valores superiores a 200 mil e fêmeas que ultrapassaram os 100 mil”, analisam os três profissionais.

Para o consultor e diretor da CRIO Genética, Fernando Velloso, a raça Brangus se destacou em todas as regiões do País. “Seja na comercialização ou na simples procura de sêmen, na busca de ventres e nos valores pagos pelos reprodutores, a raça Brangus foi o grande destaque. A raça teve mais liquidez e médias maiores, especificamente, no caso dos machos, a raça deve fechar a temporada com uma média geral superior aos R$ 25 mil”, analisa o consultor. Outro fator importante observado por Velloso foi o grande volume de touros Brangus adquiridos por centrais de inseminação. “Até pouco tempo as contratações eram pontuais, mas hoje são rotineiras”, avaliou.

Por outro lado, quando se ouve alguns dos maiores produtores de touros do País sobre a disponibilidade de reprodutores para comercialização, todos são unânimes: “Acabou! Os estoques estão zerados. Já estamos trabalhando e projetando a primavera de 2022”.

Fonte: ABB