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Liderança na exportação reduz consumo interno de carne bovina (Carlos Cogo)

Informação | 17 de Fevereiro de 2018

Carlos Cogo é consultor em agronegócio, especializado em análises, tendências e estatísticas dos mercados agrícolas

Foto: Divulgação/Assessoria

Quanto mais o Brasil vende a outros países, menor é a oferta para o mercado doméstico, limitando o consumo per capita 

A liderança brasileira nas exportações globais de carne bovina será novamente, em 2018, um fator limitante para o consumo doméstico. Quanto mais exportamos, menor é a oferta para o mercado interno, limitando o consumo per capita. No longo prazo, o cenário é promissor para a expansão da produção brasileira de carne bovina. A produção brasileira no setor cresceu 1,8% em 2017 e deve crescer 2,6% em 2018. Nossas exportações de carne bovina cresceram 9,5% em 2017 em relação ao ano anterior, com receita cambial de US$ 6,28 bilhões, 14% maior do que a obtida em 2016. O principal responsável pela recuperação das vendas ao exterior foi a China, que continua com grande apetite pela carne brasileira. 

Para 2018, a projeção é de continuidade do crescimento de embarques, com previsão de expansão de 10%, diante da possibilidade de os Estados Unidos voltarem a adquirir carne bovina in natura. Em maio deste ano, durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, a entidade deverá anunciar o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. A certificação oficial pela OIE de que todo o território nacional é livre da doença com vacinação deve contribuir para ampliar e abrir novos mercados à carne do Brasil. Já completamos 11 anos sem registro de ocorrência de aftosa no país. Em termos gerais, o cenário deve ser economicamente favorável neste ano, tanto na esfera internacional quanto na nacional, beneficiando toda a cadeia. 

No mercado global, estimativas apontam bom crescimento da economia em muitos países, o que deve ampliar e até mesmo abrir novas possibilidades comerciais para o Brasil. No mercado doméstico, esperam-se recuperação da economia e retomada do crescimento, com taxas de juros menores, inflação sob controle, redução do desemprego e melhoria do PIB (Produto Interno Bruto), favorecendo o aumento no consumo geral da população e, por sua vez, da demanda por carnes. Entretanto, com o avanço esperado nas exportações brasileiras de carne bovina em 2018, a oferta aparente para o mercado doméstico deve ter incremento de apenas 0,8%. 

Com isso, o consumo per capita de carne em 2018 no Brasil está projetado em 36,9 quilos, apenas 0,1% acima do estimado para 2017, que foi de 36,8 quilos por habitante, acumulando um recuo de 20% desde o recorde de 2006, que foi de 46 quilos por habitante. Neste mesmo período, entre 2006 e 2017, o consumo per capita de carne de frango cresceu 18,6%, para 42,1 quilos por habitante.

Carlos Cogo é consultor em agronegócio, especializado em análises, tendências e estatísticas dos mercados agrícolas
carloscogo.com.br

 
Fonte: GauchaZH, 17/02/18

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